por Bambu (Edney Rossi)
Curso: Inicio Parte 01 Parte 02
Nota autoral:
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(continuando...)
Luz e Som uma abordagem artística e sensorial
Iluminação
Nós espectadores, muitas vezes esquecemos do papel da luz, numa encenação seja teatro, cinema, tv, ou iluminação de uma obra de arte, sem luz não existe a realização de nenhuma encenação. A luz está ligada diretamente ao nosso sentido da visão, assim, a luz determina o que veremos e como veremos, ou o que a lente da câmera irá captar e como irá captar. A luz projetada em um objeto o ilumina possibilita que seja visto, determina suas dimensões, como tamanho, profundidade, temperatura, cor e textura, a harmonia desses elementos imprime ao espectador uma sensação, variada dentro das sensações humanas, que induz ao espectador uma emoção.
Luz pincel do iluminador
Lembre-se que a luz é apenas uma ferramenta, como as tintas para um artista plástico, que vai pintar na tela emoções humanas, que desenvolverá um estilo seja realista, expressionista, etc. A sensibilidade do iluminador, um artista assim como o pintor, e que determina a qualidade de uma iluminação, sua sensibilidade determinará se a obra foi iluminada com emoções humanas, ou se simplesmente foi acesa a luz.
Efeitos Especiais
A iluminação também é responsável pela criação dos efeitos-especiais, tanto no cinema quanto no teatro, bem feito cria magia e ilusionismo, darei alguns exemplos práticos, depois você mesmo criará seus próprios efeitos. A tela do cinema ou tv é um quadro bidimensional, o palco de teatro apesar de ser tridimensional poderá ficar chapado (bidimensional) se mal iluminado, a iluminação cênica bem feita irá construir a tridimensionalidade tanto no teatro quanto no cinema e tv.
Luz e Sombra
Ao contrario do que a maioria das pessoas “acha” quando iniciam na iluminação, as sombras constituem um papel importantíssimo e é papel do iluminador criá-las em ambulância, a luz e as sombras é que criarão a tridimensionalidade, que farão saltar da tela chapada para o mundo real, e no palco de teatro criará a intimidade necessária com o espectador.
Sonoplastia
O som está diretamente ligado ao nosso sentido da audição, nesse sentido o som é mais ditador que a luz, na visão você escolhe o que quer ver, já, se o som é emitido a um nível audível não há escolha, cuidado com as adições sonoras que você coloca na obra, primeiro pela ditatoriedade do som depois, o som tem uma característica de ser mais direto na impressão de um sentimento do que a luz, o som já vem de “fabrica” com o sentimento gravado, principalmente se for uma melodia ou música, essa característica foi, e é amplamente utilizada no gênero conhecido por melodrama, do grego “melos” música e “drama” sentimento, ou seja, impressão de sentimento pela música. Por exemplo, se você escolheu como linguagem o “realismo” numa peça teatral, e você resolve colocar uma música naquele monologo do ator, errou por duas vezes, primeiro a cena tornou-se “melodramática” e dependendo da música pode haver o achatamento de sentimentos, o monologo do ator que antes era cheio de nuances, variações de sentimento, passa a ter um sentimento único, o da música.
Definições
Áudio ou som é tudo que é audível em uma encenação, sonoplastia é o som que é introduzido artificialmente, e trilha sonora são as músicas que são introduzidas. A trilha sonora faz parte da sonoplastia, assim como a sonoplastia faz parte do áudio. Vamos dar um exemplo prático, a cena de um filme, um homem discute acaloradamente com outro, nesse instante ouve-se barulho de trânsito, e as vozes dos dois atores, áudio capturado diretamente, o primeiro homem leva a mão à cintura e saca uma arma, inicia-se câmera lenta e música de suspense, some o áudio original, essa música é trilha sonora e faz parte da sonoplastia, a arma dispara, sonoplastia do disparo introduzida na cena, some todo o som e ouve-se apenas as batidas do coração, enquanto que a bala segue lentamente em direção ao outro homem, no instante que a bala atinge o outro homem volta o áudio capturado, vimos nesse exemplo como a sonoplastia imprime a visão do diretor à cena, podemos também mudar completamente a intenção de uma cena apenas mudando a sonoplastia como do suspense para comédia. Imagine a mesma cena, excluindo o contexto do filme claro, enquanto os dois homens discutem, uma música circense alegre ao fundo (você tirou toda a “verdade” da cena está dizendo ao espectador que é “faz de conta”), e no momento que o homem saca a arma e começa a câmera lenta você introduz a música do filme matrix, quando o segundo homem cair e bem provável que o espectador ria ao invés de se assustar.
Alerta
Serve como exemplo se desejar criar uma cena cômica, e serve também de alerta, caso deseje mesmo o suspense evite músicas conhecidas e populares especialmente músicas já usadas em filmes ou publicidade, pois você tirará a atenção da trama de sua obra e remeterá a memória do espectador para a obra que a música lembra.
Após esse breve introdutório, trataremos da iluminação cênica e sonoplastia separadamente, por organização. Claro que a luz e o som finalizam na obra uma unidade, que dentro de sua experiência, o diretor indicará, assim como, figurinos, cenários, etc.
(...continua)
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Um comentário:
gostei muito do seu curso mas gostaria que você terminasse ele...
eu estou começando agora na parte de iluminação de palco
Me adiciona no msn para podermos conversar. marcirio_poa@hotmail.com
desde já agradeço.
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